segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A liberdade do Amor

As vezes penso ser cruel comigo, que é pra justificar a sorte de não ser amada por ninguém... Quem faria isso, neh? A louca!
 Amar requer força, tempo, dedicação, respeito, abrir mão, tanto, que prefiro parar de contar. Paro mesmo, paro e penso na possibilidade do não amor, da negação da possibilidade do outro em poder querer ou não.
Porque faria isso? Querer tão bem, que você dedica seu tempo tão precioso, que podia está estudando, dormindo, aprendendo uma língua nova, uma teoria incrível, por ter simplesmente a sorte de um olhar brilhante, de palavras carinhosas, de beijos incríveis até dormir de conchinha ou o simples pensar em alguém, se colocando distraída na possibilidade de tê-lo nos mais banais momentos.
Sinceramente, que peso isso atribui a vida???
Ai ai ai, sou bombardeada diariamente pela a destreza de ter a "sorte de um amor tranquilo", mas meu corpo já está tão cheio de "nãos". Armaduras que enferrujam com o tempo e que se você não refletir em cima disso, ao ponto de ter a consciência de ter me apoiado em justificativas do não amar, seja por: estudos, trabalho, tempo, dinheiro, família, sociedade, moral, costumes, ego...
As vezes me considero tão incrédula do amor, mas no outro dia estou metendo a cabeça na parede porque reguei meu jardim de tão bons momentos com Ele, que eu não sei mais o porque de me afortunar escrevendo, pensando, desejando, submetendo, apostando na roleta russa do seu sim.
Quando passo a pensar de verdade, quero profundamente esquece-lo. Acho tão óbvio o que acontece em seguida. "É pior!"
A busca pelo não ter, comina na possibilidade de está cada vez mais presente a angustia de sua ausência. E então sofro por antecipação... O medo de amar se torna ainda maior, do que a possibilidade do " e se".
Faz alguns dias que tenho me ocupado nessa negociação exacerbada com o meu coração, mas hoje, caminhando à beira mar, refleti a respeito dos prós e contras que tem se levantado... Respirei fundo e ri de mim mesma.
-"Vou filosofar mesmo em cima disso?"
Insisti... Estou certa que o amor não está na privação, na peleja, na negociação, na dedicação, na violação, no medo, na recusa, na ansiedade, na necessidade de troca. Mas sim, na distração.
Me coloquei calada, ri dos meus medos e parti. Parecia ter deixado ali a certeza de poder ou não errar por querer ter alguém... Alguns passos naquela areia fofa, até que me deparei com o vazio de que pudesse nem querer ninguém de fato: Não sei porque me prendo a tantos quereres que não são os meus... Moral, ética, religião, loucura, lucidez, o outro...
O que é o outro?
Segundo Lacan, quando ele afirma "o desejo é o desejo do Outro". Quer dizer que o desejo de ser amada, ou qualquer desejo que eu tenha, já existia antes mesmo de eu existir. Logo, se tenho a sensação de me sentir ansiosa em ser amada, quer dizer que o amor é uma informação que me bombardeia desde sempre e que pode ser fruto de uma simples ideologia.
Logo, o amor é uma construção social.
Pohammm, que cruel!
Mas então onde fica a nossa essência e onde guardo aquela caixinha de emoções fortes? O amor e a essência, tem alguma relação?
Mas e quando a ideia do livre arbítrio .... Será que temos de fato essa escolha, amar ou não?
Como ter a consciência de si? No outro? A ponto de ama-lo tanto, que nos perdemos de nós mesmo? E quando nos perdemos de nós mesmos, o outro perde o encanto, porque não se agrada mais como é visto pelo olhar daquele, buscando se ver de uma forma ainda mais bela por um outro? Que vazio!
Tá, não sei se os filósofos souberam o que é amor... Mas com certeza algumas pessoas negam amar, pra não sofrer, sofrendo desde então.
A destreza de amar, deve requerer tanto jogo, que para amar, parece não caber aos bobos.
O que me leva a refletir que nenhum bom poeta, deve ter sido tão bem amado...
Falando em bobo... Hoje, um menino que se apaixonou por mim na adolescência me adicionou ao face. Não entendia porque faria, se estava tão bem casado e mesmo assim, em algum momento de sua vida, me fez pensar que nunca me esqueceria, de tão bobo que se apresentava, a ponto de ainda hoje continuar parecendo querer saber mais de mim.
Pensei... Será que ele me amou ou me ama, como já ouvi tantas declarações incríveis dele e de tantos outros?! Fugi de quase todas denominações, como se não estivesse apita a amar.
Sentir é  maior que racionalizar? Racionaliza primeiro, depois se sente?
Ai a sorte da distração...
Não sei explicar, só sei que sinto prazer ao pensar que posso amar alguém, mesmo duvidando de sua real existência.
Por fim, decido a sorte de não pensar em ter definição, me sinto livre assim, capaz de fato de amar, o não se enquadrar aquilo que espero de mim, ou a sociedade determina. Mas pelo simples fato de existir e ser permissível errar... A implenitude me encanta e comparo ao amor, como se vibrassem na mesma intensidade. Sentimentos rebeldes.
 Chego em casa, tomo aquele açaí, como quem me presenteio e brindo-me: à liberdade do amor!

 





 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Respeito é bom e é de direito de todos

Hoje a Comissão de Direitos Humanos do Senado decretou o primeiro passo para adequar ao Código Civil o reconhecimento legal da união estável entre pessoas do mesmo sexo. 
Saiba mais :  http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasil-economia/33,65,33,14/2012/05/24/interna_politica,304018/codigo-civil-podera-reconhecer-uniao-estavel-de-pessoas-do-mesmo-sexo.shtml#.T76bN1K-78U.facebook 


É pensando nisso, que lembro da indiguinação do Brasil, quando a travestir Izonete foi brutalmente assassinada na cidade de Campina Grande, algo que infelizmente é comum, e que se assim o fossem, as pautas dos jornais seriam as mesmas. "Agressão, homicídio, desrespeito a diversidade sexual"

Por favor, tudo bem que muitos afirmam que não são obrigados a verem dois homens se beijando, e que a unica vontade que tem é de dá um murro, como eu mesma já presenciei em plena festa no parque do povo em Campina grande. 
Mas já imaginaram o que eles passam para se sentirem toda uma vida repreendidos, com medo, sem esses carinhos tão bons que é namorar... Ainda que tem de passar pela dura tarefa de se aceitar, e se sentirem estranhos, reais patinhos feios, que tem até um "diabo no couro", rejeitados por serem diferentes. Porque me desculpem, mas existe algo que não se explica, e que o homem em sua ignorância quer taxar como o dono da razão, e geralmente quando se sentem ameaçados como não "tão inteligentes assim" costumam chamar de virose, de errado, ou do cão.

Gente, na grécia antiga era comum que os homens tivessem relações com o próprio sexo. E a mulher era tida apenas para procriação, não sinônimo de amor. Não que eu queira que volte a ser como era antes, mas pelo menos não me venham com essa história de que se trata de modismo, ou safadeza.
E em pleno século XXI estou cansada de ouvir deboche de "veados", mesmo que até eu mesma me pegue vez por outra com sintomas de preconceitos, mas pelo menos reconheço e acredito que o "pre-conceito", seja desmascarado o quanto antes. 

Outro dia uma garota no twitter recebeu uma punição social por maltratar em plena rede social os nordestinos. (você deve saber o nome dela, mas meu amor, isso é o que menos importa, por isso não vou ajudar a torná-la ainda mais popular). Você acredita que eu não a critiquei e joguei um bilhão de ofensas como fez todo o Brasil, mesmo eu sendo nordestina, e mais, Paraibana

Não, não o fiz. Por que? Chocou e choca o que ela falou, mas tudo isso é fruto de uma 

visão massificadora e deplorante que a própria mídia faz todos os dias nos grandes meios

de comunicação, principalmente televisivas.

Outro dia estava vendo os programas de televisão, e percebi que nos programas

 humorísticos, os motivos de chacota é o gay e o nordestino em sua maioria. E então eu 

pergunto de quem é a culpa?

Agora você pensa, endoidou, a outra. Tava falando de uma lei lá em Brasília, foi à Grécia, 

passou pela Paraíba e agora a culpa disso tudo quer ver que é da televisão! 

Não? Não... A culpa realmente não é da televisão, nem da internet, nem de qualquer outro 


meio de comunicação que falará por "mim", a culpa é minha, e é sua, que continua dando 


ibope as notícias preconceituosas e que acabam de alguma maneira banalizando e assim 


disseminando uma visão excludente de seguidores por todo o país. 

Gente, quando as pessoas pararem de olhar para o seu próprio umbigo, e perceber que o 

outro existe. Ai sim, vocês vão reparar que política começa comigo, com você, e que parte

 de nós mesmo para que se faça valer. 

Por isso, apesar de cristã consciente, hoje eu desejo que vocês visitem mais as bibliotecas, 

do que a própria igreja. Que saiam mais de frente da televisão, e do facebook, com apenas

a idéia de receber prontas as informações. Mas que possam usar da melhor maneira esse


 facilitadores  da comunicação, pois acredito que se Deus me deu dois olhos, dois ouvidos e uma boca... 


Não foi em vão!  

E para retomar o desejo inicial deste texto que em muito me inspirou escreve-lo, este 


vídeo é a prova de que cada um deve dar sua opinião, e enquanto eu fazia uma "passagem"


dreportagem sobre o caso de Izonete, e no fundo, o áudio atrapalhava meu momento, 


mas de alguma maneira disseminava mais uma opinião diversa. 







Exemplo de vídeos populares que "divertem" a galera com o preconceito velado:




na internet:






Na televisão: 








quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dia Nacional de Paralisação

Ontem passei despercebida e só reparei que estávamos em greve quando cheguei na facul e não tinha ninguém, foi quando uma placa enorme me comunicava lá na frente do muro "Dia de paralisação Nacional". Em vez de voltar para casa, me faltou forças aceitar a falta daquele encontro, e logo ali na frente sentei a mesa do bar...




Enquanto para muitos parecia algo insignificante, "ah, logo passa. Amanhã volta", e outros nem comemorava, mas também não reclamava. Para mim que tive uns dias longe estudando para outros encontros, parecia uma eternidade.
Tive a sorte de encontrar uns amigos, e poder acompanhar naquele momento minhas idéias junto às suas, e não morrer com meus pensamentos tristes. Já que mais sentia um vazio enorme por não ter tido aula.
Percebi que tenho a sorte de amigos que pensam como eu nesse aspecto e em até outros, e ali no bar, mesmo que não fizesse tanto sentido para o meu pai que me ligava naquele momento, escolher estar ali em vez de casa, lá encontramos uma alternativa de produzir conhecimento...

Entre tantos temas que levantávamos a todo instante, um dos que mais mexeu comigo foi o questionamento entre sabedoria x inteligência, o que entre algumas sugestões de reflexão do que sabíamos sobre o que diferenciava esses termos, sem ao menos tentar seguir um dicionário em sua origem... Conseguimos chegar a um consenso e ainda todos se emocionaram quando o professor Alan compartilhava sua experiência, relatando da emoção em ter ensinado um senhor a escrever seu próprio nome. 
Vê aquele homem forte e cheio de argumentos chorando emocionado numa turma de amigos, traduziu todo sentido e prazer em ser professor para ele, que parecia caber como uma luva àquele momento.


 Mesmo estando maravilhoso aquele encontro, já ficava tarde para pegar o ônibus, por isso tive que me adiantar... 

 

Foi quando comecei a escrever o texto de hoje no caminho de casa e nem tinha certeza de que a noite ainda me reservava mais emoções...


Chegando na integração, quase vazia, por falta de estudantes  também, apesar de tarde. 
Um garoto pequeno sentou ao meu lado, fedia, mas era bonito, e tinha um olhar forte.
Me perguntava dos destinos dos ônibus, e aos poucos fui percebendo que todos tinham medo daquele garoto que se defendia com frases feitas, e uma voz grossa quando se sentia ameaçado. 
- "Ei, esse ônibus, vai pra onde?... E esse? E...?", parei de escrever, e o sugeri que me dissesse seu destino, e ele não me respondeu. Disse que ficaria mais fácil de ajudá-lo, mas não sabia como convencê-lo...
Aos poucos ia percebendo os seus mistérios e espertezas... Extremamente inteligente, mas não sábio pensava, liguei de imediato ao que escrevia sobre a paralisação Nacional, e via na minha frente aqueles olhos de alguém desprotegido...


Depois de mais alguns ônibus "errados", ele me perguntou para onde eu iria, fiquei um pouco receosa, mas ainda assim disse, sentido a praia do Cabo Branco, completei... "Preciso saber para onde vai que fica mais fácil de ajudar"... Parecia ainda não ser suficiente para ele acreditar em mim. Foi quando percebi que podia duvidar no que eu mesmo queria passar. Tamanha confiança... ¬¬
O ônibus chegou, ele ia ficar sozinho e sem respostas, e eu então falei que ia à praia naquele ônibus, então ele topou subir.
Para minha surpresa o motorista tentou enfrentá-lo e afirmou que ele pertencia a "al-quaida", não aquela de fundamentação islâmica, mas a uma turma de jovens e crianças que se organizam para enfrentar o mundo como "bravos lutadores", criando a sua própria justiça.
Fiquei um pouco preocupada em entrar naquele ônibus, mas não ia perder de saber onde ia aquela história, e ali embarquei.


O menino logo se escondeu lá atras, em seguida próximo de mim, enquanto o motorista lhe enfrentava com um olhar seguro, e ele se escondia... Naquela tensão, senti que algo poderia acontecer. Até que o motorista deixou de enfrentá-lo e falar das "boas" que já tinha visto ele se envolver e decidiu ter uma atitude sábia, que nenhum letrado ali presente, nem seus pais talvez, ou qualquer adulto tivera a coragem ou conseguido alcançar os seus ouvidos.
Pedindo para o menino ficar visível, e ora lhe observando, disse:
"Admiro gente trabalhadora, sei que você passa as noites acordado para mostrar serviço, seja até para seu grupo ou para você mesmo, enquanto muitos marmanjos não dão um prego no sabão".
Enquanto todos do ônibus o olhavam, o garoto aceitava toda crítica como se ninguém o tivesse elogiado na vida, e em seguida, consegui vê aqueles olhos perdidos brilhar quando o motorista lhe ofereceu uma caixa de engraxate. Mas disse com uma firmeza na voz que só daria se ele prometesse não vender, e sim trabalhar e voltar a estudar.
O garoto com um sorriso desprendido que parecia ter ganho na loteria respondeu numa batida só: "QUANDO?"
Foi tudo o que ele conseguia falar, sem se mostrar fraco ou sem mostrar maior emoção, já que seus olhos já dizia TUDO. E eu me senti obrigada a mudar o texto da postagem de hoje, já que a vida é maior que apenas um texto sério e sem vida.
Então, o garoto desceu na praia e o motorista e eu, e todos ali parecia ter ganho o dia só com aqueles olhos esperançosos e menos pesados que agora descia do ônibus sem pedir ao menos obrigada, mas que tinha preenchido todo o ônibus de gratidão.
  

E antes que todos não entendam o porque que parei com a paralisação Nacional. É que mesmo que o nosso país não tenha tido um bom começo de formação, pois somos fruto de uma colonização de exploração. A gente não precisa estar presa a isto, que se deu de pessoas "inteligentes" por acumulo de letramento e bens materiais, mas ser mais sensível a ponto de olhar e perceber que o buraco é ainda maior que o nosso próprio umbigo.



E escrever sobre isso foi mais que um prazer, me senti obrigada a compartilhar, que como aquele jovem, muitos outros não parecem ter outra opção, não sabe nem o porque que estão ali. Não escolheram ser pobres e viver num país que em vez de cuidar da raiz do problema, procura tapar o sol com a peneira, já depois da "merda" feita, encontrar uma solução.
Por isso, não por mim, mas pela educação do país, pelos que não sabem escrever ou nem o porque de como se proteger, é que enfim respiro a necessidade de então paralisar, não por nada, mas para pensar e refletir sobre este ato, e com o desejo que várias outras pessoas também prefiram agir com sabedoria, que é tão mais importante que acúmulos de fórmulas exatas. Mas se mesmo assim você ainda não achou diferença alguma entre essas duas palavras, sabedoria x inteligencia, e achou que o texto é meio "viajoso". Não tenha medo, todos os dias estamos aprendendo.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Vídeo + Dança = Comunicação



Depois que conheci Vídeo Dança, nunca mais deixei de lado, realmente posso dizer que foi amor ao primeiro click. Sim, queria por assim dizer, mas a verdade foi que tudo se deu de uma entrevista com o grande Guilherme Schuze, que é nosso orientador, amigo, facilitador, e grande coreógrafo de dança contemporânea, e que presenteou a Paraíba com esta bela junção, da dança contemporânea ao cinema, acertando na minha mais nova grande paixão, o que desde então não nos separamos mais.
Se estou empolgada desse jeito, o que não podia ser diferente, é que hoje, pra variar, sentei naquela mesa redonda com meus mais novos amigos de pesquisa do NEPCênico. Sabe aquela sensação de que nada sei, mas de que tudo amo? Não sei se você já passou, mas é como se quisesse pegar tudo e levar para casa e colocar no alto da estante para ficar olhando.



  Pois então, lá estava eu pronta para fazer o que fosse proposto, e doida para unir minhas experiências do cinema aquele núcleo. Parecia brincadeira, mas era exatamente o que eu sentia, e sinto toda vez que saiu daquelas aulas de Guilherme Schuze, que mais parece uma porta no céu e que me faz visualizar um mundo de possibilidades, de beleza...

Mas aí vem vocês, como a minha mãe é claro, e me pergunta: "O que danado tem a ver isso com a universidade, nada a ver, vai deixar de lado o jornalismo é?" Bah, tive que desabafar... Não que minha mãe e meus amigos, o que entendo e agradeço a preocupação dos dois, estejam errados, mas talvez equivocados. É que meu curso, antes mesmo de ser jornalismo, é COMUNICAÇÃO, já imaginou o até onde isto pode abranger????? Nem eu, antes de entrar no meu curso, e por assim sendo, me permitir conhecer um pouco de mim e do mundo. Agora, a pouco mais próximo do ecstasy da vida, acredito que a medida que a gente se permite, a gente pode ser e estar no lugar certo e com as pessoas mais certas ainda, e conquistar este gozo. Por isso, estudo o que estudo, creio no que creio, e o que sinto, somente eu irei poder fazê-lo e ser. Porque o que seria do plural, se não fosse o singular? E virse-versa. E para demonstrar quem sou, como penso, e como uma idéia unida a outra, e outra, + outras e ... É tão interessante como somos tantos e nem percebemos, que somos únicos a imensidão, e que ninguém é tão alto-suficiente que não precise de você.


Por isso, por todos do NEPCênico que me acolheram de coração, mesmo eu sendo uma negação na dança contemporânea (risos), por enquanto é claro, que ao vê nossos trabalhos e nossos passos a cada dia, que tenho o maior orgulho e prazer de fazer parte desta engenharia tão bonita que pra minha se resume em COMUNICAÇÃO, porque sem isso não haveria resposta alguma, nem mesmo dos corpos na hora de dançar, tão pouco a presença de uma câmera para ampliar e da edição de vídeo que serve para enfatizar quem somos. Parabéns a todos por este, e tantos outros resultados de trabalho de nosso grupo:

                                           LUA NOVA, interpretado por Kilma Farias.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

FALSIFICAÇÃO DO ALGODÃO COLORIDO



Essa matéria foi algo muito gostoso de se testar como uma grande matéria, mas principalmente porque teve uma responsabilidade social. Quero a paraíba muito bonita e nunca passada para trás. Tudo bem que foi minha primeira matéria então tem muitos erros, mas mesmo assim não deixa de existir o gostinho de trabalho concluído. Agradecimento especial a meu irmão Helton Gaião, Amanda Lima, Adeildo Vieira e Alfredo Amaral, sem eles não haveria de fato acontecido.


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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quando me apaixonei por um psicótico...



Na realidade nem achei que isso poderia me influenciar, mas necessariamente, eu penso que ele pensa que possivelmente pode ter abalado especificamente minha estrutura emocional, mas acho que isso não é real, é? (respirando fundo)
Lógico que não!
Então, como eu ia dizendo. Ele era lindo, loiro, alto, forte, uma pegada... Pensando bem, uma pegaDONA, dessas que pega e você pensa, MEU DEUS, EU SOU UMA PRESA! Hãra, quer dizer, ao que se refere a estrutura da sua palma da mão é bem espessa e pesada, traduzindo num bom peguéte.
Peguéte... Bem, essa palavra não me sooa bem, por que me lembra que estou sendo pegada, que provavelmente, por mais que eu pense que esteja pegando-o, ai meu Deus, não posso ser capturada, será que ele veio para me abduzir?... Como eu ia dizendo, como ser feminino, conseqüentemente de estrutura frágil socialmente falando. Eu não sou peguéte, logo ele não é, por isso é necessário deixar isso muito claro, primeiramente no primeiro encontro, eu não sou pegável.
Primeiro encontro... Pensando aqui como foi... Foi, foi... Como sempre, TERRIVEL!
Quer dizer, nenhum primeiro encontro você tem roupa adequada, conhecide de seu cabelo não está em dia, e o pior... Acertar com aquele dia de cão, mas que como já foi adiado várias vezes é melhor que não o seja novamente.
Logo, de erro cheguei antecipada, droga! Até porque parece que quando você chega na hora certa, parece que você é uma desequilibrada, ansiosa e neurótica para arrumar um cara legal, e que você está se encontrando com ele por que ele é o único que a pouco tempo não está na cidade e não conhece meus trejeitos... Logo, dei uma de durona, por que eu não sou pegável, algumas vezes quando ele queria se encontar, alagarva as costa e falava grave, por que eu não tenho o falo, mas eu posso sê-lo quando não tem ninguém para me defender. (Ufa, disse!)
Mas enfim, o pior veio quando não tínhamos mais o que falar, corremos para um lugar que aprecie pouco, no que se refere a poucas informações, eu quero dizer, numa sala escura passando um filme la na frente que você nem sabe qual é, por que não teve interesse a não ser o de dialogar sobre o imediato. Ou seja, deixa rolar!...
É, foi nessa de deixa rolar que rolou o nosso primeiro beijo, e toda vez que não tínhamos o que falar, nós beijávamos até eu me acostumar com sua vós. O que parece contraditório, mas não é, a vós dele me era bem familiar e dava vontade de beijar, ou quando eu tinha medo de errar, corria e beijava, é isso.
Pois é, a vós... A vós é uma coisa muito importante de mencionar porque, vai que você confunde a vós quando ele liga no dia seguinte e você não sabe dizer quem é. É isso mesmo, uma vez um me ligou no dia seguinte me chamou de lindinha, eu fiz o que? O QUÊ?!!! Desliguei o telefone na cara do cara. Ta pensando o que?! Que eu não sou do tipo que não lembra o nome no dia seguinte??? Ehmm, ehmmm, ehmmmm???!
Hummm, eu sei muito o valor disso e por isso que eu fico bem atenta nessas horas, mas o que é muito importante, por que se as vozes são muito parecidas, ai você tem que recorrer a um trejeito, sotaque, tique ou txique, essas coisas...
Mas agora estou super bem, eu fico bem na minha, como eu não consegui passar dessa faze, eu entendo pelo contexto.
Mas agora o quadro mudou, é verdade, descobri que ele sofre de psicose, você acredita? Pois eh, psicose, um psicótico perto de mim, sei lá... Com um mês de namoro ele me trouxe uma pedra que refletia várias cores, achei lindo, legal na hora. Mas pensei, eu não tenho onde PENDURAR!!!
Logo pensei, imagina no nosso próximo mês, ele vem me trazer o quê?
Mas a gente brigou, por que ele achou que eu não podia pagar a conta do lanche de sábado a noite, e eu disse, não sou um ser frágil porque o mercado quer me pagar menos, não que eu trabalhe pouco ou que eu não tenho força, ou falo para isso. Então estufei o peito, e como não tinha grana, disse alto e em bom som, PAGUE!
Ele não gostou e não me liga a dois dias, o que eu acho bem melhor, por que imagina, eu muito tempo perto de um psicótico desses que não sabe lhe dar com uma mulher independente e de punho como eu, vai querer me diminuir e quem sabe mesmo, me anular. Pois é, seria fácil de influenciar... Realmente, tomei uma atitude pensável, madura, e bem praguimática. Pois eh, deixei, deixei mesmo, fui matemática e nenhum pouco complicada antes que pensassem que eu estivesse sendo complicada ou me influenciando, fiz o que fiz e não me arrependo, a não ser de um detalhe, decorei o número do seu celular, e sabe como é, meus dedos tem vida própria, assim como as moléculas e todos os órgãos de meu corpo, é... Ele quer me dominar, mas eu sou forte, pedi que minha amiga levasse o celular e quebrei o urelhão mais próximo. É eu não vou me rastejar. Por que então, será que o que eu sinto é real? Será que o outro existe, será melhor escolher seguir um pensamento filosófico, que questiona a existência do outro? É... Sartre é um cara legal... Será que eu faço bem o tipo Simone de Beauvoir? Ai que raiva daquela menina que me disse que ele era... Como foi que ela disse? ... "CUIDADO COM O PSICÓTICO!", é, foram essas suas palavras... Será que ela estava querendo me vê sem ele, para chegar junto, por isso disse isso naquela noite, precisamente naquela noite que eu fiquei toda sem jeito, por que eu acabei saindo sem calcinha por que eu não tinha uma calcinha legal, e em vez de dormimos juntos, eu comecei a olhá-lo diferente? ... Uau, isso é bem provável, por que ele é lindo, loiro, alto, tem tatoo, é descolado, é de fora, e tem pegada. Ahhhhh, vou matá-la!!!



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